
Por Agência Pulsar Brasil
Representantes de movimentos sociais e entidades em defesa da democratização da mídia estiveram em frente ao hotel Golden Tulip
comercial.
Foi o chamado Fórum de Rua, uma resposta ao evento que pretendia discutir democracia e liberdade cobrando R$500 pela entrada. Com irreverência e vestidos de
palhaços, o Fórum de Rua contou a presença de 30 pessoas que embaixo de chuva tentavam alertar os passantes sobre o tema discutido.
De acordo com Teresinha Vicente, da articulação Mulher e Mídia, o Fórum organizado pelo Instituto Millenium é uma resposta a algumas das metas conquistadas pela sociedade na Conferência Nacional de Comunicação, realizada no final do ano passado e as propostas do terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos.
Teresinha explica que uma das propostas que amedrontam os grandes empresários das comunicações é o controle social da mídia. Ela diz que há uma tentativa desses setores de confundir o conceito de controle social com censura. Porém, ela lembra que emissoras de rádio e televisão são concessões públicas e por isso devem estar a serviço dos interesses da sociedade.
“A mídia comercial confunde, misturando controle estatal com controle da sociedade. O público tem todo direito de opinar sobre o conteúdo transmitido pelas emissoras de rádios e TV que são concessões públicas”, alerta Teresinha.
Segundo relato da jornalista Bia Barbosa para o site da Carta Maior, os debates do Fórum giravam em torno da suposta ameaça do PT para a democracia no Brasil. Um dos palestrantes, Demétrio Magnólia chegou a insinuar que caso a ministra Dilma Russef seja eleita “o stalinismo seria implantado no Brasil”.
Bia destaca que os palestrantes em nenhum momento faziram uma diferenciação entre o que é liberdade de expressão e liberdade de imprensa. Bia conclui que “é como se só os veículos de comunicação tivessem o direito de fala. Não se fala de concentração dos meios e falta de representação da diversidade cultural nos mesmos”.
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