quarta-feira, 3 de março de 2010

Fórum da Rua contrapõe-se ao evento dos empresários de comunicação


Por Agência Pulsar Brasil

Representantes de movimentos sociais e entidades em defesa da democratização da mídia estiveram em frente ao hotel Golden Tulip em São Paulo para protestar contra o Fórum Democracia e Liberdade de Expressão organizado por empresários da mídia

comercial.

Foi o chamado Fórum de Rua, uma resposta ao evento que pretendia discutir democracia e liberdade cobrando R$500 pela entrada. Com irreverência e vestidos de

palhaços, o Fórum de Rua contou a presença de 30 pessoas que embaixo de chuva tentavam alertar os passantes sobre o tema discutido.

De acordo com Teresinha Vicente, da articulação Mulher e Mídia, o Fórum organizado pelo Instituto Millenium é uma resposta a algumas das metas conquistadas pela sociedade na Conferência Nacional de Comunicação, realizada no final do ano passado e as propostas do terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos.

Teresinha explica que uma das propostas que amedrontam os grandes empresários das comunicações é o controle social da mídia. Ela diz que há uma tentativa desses setores de confundir o conceito de controle social com censura. Porém, ela lembra que emissoras de rádio e televisão são concessões públicas e por isso devem estar a serviço dos interesses da sociedade.

“A mídia comercial confunde, misturando controle estatal com controle da sociedade. O público tem todo direito de opinar sobre o conteúdo transmitido pelas emissoras de rádios e TV que são concessões públicas”, alerta Teresinha.

Segundo relato da jornalista Bia Barbosa para o site da Carta Maior, os debates do Fórum giravam em torno da suposta ameaça do PT para a democracia no Brasil. Um dos palestrantes, Demétrio Magnólia chegou a insinuar que caso a ministra Dilma Russef seja eleita “o stalinismo seria implantado no Brasil”.

Bia destaca que os palestrantes em nenhum momento faziram uma diferenciação entre o que é liberdade de expressão e liberdade de imprensa. Bia conclui que “é como se só os veículos de comunicação tivessem o direito de fala. Não se fala de concentração dos meios e falta de representação da diversidade cultural nos mesmos”.

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