Um dos casos de comunicação sindical mais bem-sucedidos do nosso estado é o do Sindicato dos Bancários do Ceará. O sindicato conta com uma estrutura física relativamente confortável para seus profissionais da comunicação, com sala própria para a imprensa, com ar condicionado, aparelhos de telefone, computadores com acesso à Internet.
Além da estrutura física, a rede de comunicação do sindicato dos bancários é bastante rica e engloba meios impressos (jornal e revista), radiofônico, televisivo, eletrônico (página na Internet, incluindo a novidade: o Twitter).
No entanto, de muito não adianta a criação de novos espaços virtuais de comunicação se os profissionais que os atualiza não se sentem motivados a expandir os meios de comunicação. O problema, a falta de motivação dos jornalistas, é possível observar no Sindicato dos Bancários do Ceará e é reconhecido pelos próprios profissionais.
O assunto surgiu quando se falou em Twitter, a mais nova ferramenta de comunicação do sindicato, durante a visita dos estudantes da Universidade Federal do Ceará ao local. Os jornalistas afirmam que o desinteresse pela mídia vem por parte da falta de acessos constantes do público alvo, bancários.
O motivo pode ser convincente, mas pode nos fazer pensar em um dos problemas da comunicação sindical expostos por Vladmir Caleffi Araujo: acomodação jornalística diante das rotinas de produção de notícias. Tal é o processo de acomodação à rotina que em muitos casos nem são percebidos pelos profissionais envolvidos com as atividades comunicativas do sindicato.
Essa acomodação pode estar ligada, segundo Araujo, à verticalização dentro da estrutura da comunicação sindical (dirigentes>>jornalistas), que impede, por vezes, a argumentação por parte dos jornalistas.
Por Evelyn Ferreira
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