terça-feira, 9 de novembro de 2010

O papel educativo legitima as rádios comunitárias


“O rádio brasileiro surgiu com uma emissora voltada para a educação, por isso temos quase 90 anos de rádio educativo no Brasil”. A ideia foi defendida pelo doutor em Educação, Edgard Patrício no painel “O papel educativo do rádio comunitário”. A discussão fez parte do Congresso Estadual da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária na manhã de sábado, 6 de novembro, no auditório da Fetraece, em Fortaleza.

O painelista explicou que rádio educativo não é necessariamente aula, nem sisudo, nem somente jornalismo, nem sempre gera certeza, mas muitas vezes traz dúvidas. Edgard afirmou que as produções não podem ser centralizadas porque a participação gera conhecimento como reflexo da realidade local.

O professor universitário e coordenador de formação da Abraço-Ce, Ismar Capistrano, também participou do painel, defendendo que as rádios comunitárias devem atuar na educação não formal e no engajamento com os movimentos sociais. “Através da veiculação de conteúdos sobre saúde, cidadania e desenvolvimento sustentável, as emissoras cumprem seu papel social e ganham legitimidade”, disse.

Por isso, ele aconselha a veiculação de campanhas educativas em toda programação seja através de spots, entrevistas, testemunhais. Para isso, as rádios comunitárias precisam de formação continuada e recursos que possibilitem sua sustentabilidade. “Só através de recursos públicos, as emissoras terão como priorizar a capacitação de seus comunicadores e investir numa programação educativa”, disse. Já Edgard Patrício acredita numa parceria entre as rádios escolas e rádios comunitárias para veicular produções das escolas nas emissoras e vice-versa.

Conheça sites com produções educativas para emissoras de rádio: http://leituracritica.ning.com/profiles/blogs/producoes-radiofonicas?xg_source=activity

Por Ismar Capistrano

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