terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tecnologia abre caminhos para a comunicação comunitária

O mundo moderno proporcionou transformações nas formas de comunicação. A integração das mídias locativas agrega discursos políticos, como é o caso das sinalizações dos buracos das vias que surgem em Fortaleza. Onde blogueiros se reuniram através do google maps e criaram a possibilidade das pessoas apontarem os buracos da cidade pelo mapa. Isso acabou virando mania para muitos internautas. A intenção é de denunciar coletivamente, por meio de fotos, vídeos e comentários sobre os buracos.

Qualquer pessoa pode participar basta ter uma conta no Google, como o Gmail por exemplo. “É um espaço aberto para reclamar. Assim que eu fiquei sabendo fui denunciar um buraco perto da minha casa. Mas, alguém já havia denunciado daí eu fui à procura de outro”, relata a usuária Mônica, 18 anos.

Ela conta que ficou sabendo do recurso através de uma amiga e que acredita ser eficaz esse tipo de trabalho comunitário. Para Mônica é uma ferramenta para cobrar direitos de cidadania. “Alguns carros mudam de mão para fugir dos enormes buracos dessa rua e provocam sérios riscos de acidentes”, comenta o internauta sobre o buraco na Avenida Viena Weine, Conjunto Lago Jacarey. Para a Internauta Maria Luci, 47 anos. Já são quatro páginas da Internet de indicações dos buracos sinalizados. A cor azul do balão indica a existência de buraco e o verde indica que o buraco foi tampado.

Tecnologia

A tecnologia fascina pelos resultados que ela fomenta. Em pleno século XXI é difícil pensar em atividades urbanas e não vincular ao uso de aparelhos celulares, palms, Bluetooth e laptops. Para o estudante Lucas Viana, 17, sair de casa sem o celular e o laptop é estranho. Ele utiliza internet sem fio e durante o dia conversa, joga, estuda e trabalha pela a Internet. “Eu passo o dia inteiro nesse mundo da cibernética”, confessa. As mídias locativas digitais, diferentes das mídias locativas analógicas fascinam pela inteligência. Elas proporcionam além da informação, um diálogo entre mídia e a pessoa em que entra em contato. Para o mestre em Ciência da Computação Marum Symão “é uma questão de convergência de tecnologias,” afirma. O mundo tornou-se mais especializado e as mídias locativas direcionam campanhas para pessoas específicas. Já que o princípio das mídias locativas é passar informações, o que já se tornou comum em países de Primeiro Mundo com tecnologia avançada. O uso de etiquetas RFID, também é uma das tecnologias de mídia locativa. O nome vem do Inglês (Radio-Frequency IDentification), no português significa Identificação por Rádio Frequência. Ele é um chip que pode ser enserido em um objeto, equipamento, embalagem, livro e até mesmo em pessoas e animas. Que transmite informações através de sinal. Por ter um conteúdo armazenado, explica Marum Symão. Ele cita o termo Web Semântica, título ainda recente e criado para trazer referências ás associações de informações dentro de um contexto. É o trabalho em cooperação dos equipamentos tecnológicos em diálogo com as pessoas. E com a intensão de integrar a comunicação das duas partes.

O Wireless Mobile Games são jogos construídos no urbano e utilizam equipamentos móveis, como Palms e celulares para transmitir informação e conhecer localização, explica Marum Symão. O Artigo Científico do PhD e Professor da UFBA, André Lemos, publicado em 2008, aborda essa temática e apresenta tipos de Jogos como Mídia Locativa. Além disso, essas tecnologias levantam “questões não apenas comunicacionais ou urbanísticas mas, políticas. “E estão relacionadas a novas formas de monitoramento, vigilância e controle do espaço urbano”. Apresenta a publicação do artigo científico. O que promove para André Lemos a criação de Territórios Informacionais.

As Mídias locativas podem promover no meio social informação de precisão como o Bem na Hora. “Eu que pego seis ônibus por dia para o trabalho e preciso estar sempre ‘bem na hora’. Sabendo quantos minutos o ônibus vai demorar. Posso me programar para outras atividades”, declara o estudante Heraldo Fernandes, 19, tirando os fones de ouvido.


Por Sammia

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