Programada para dezembro a primeira Conferência Nacional de Comunicação, Confecom, que juntará as sugestões mais polêmicas para o setor, já produzidas nos meios acadêmico e sindical. Os assuntos a serem debatido vão desde a volta da estatal Embrafilme, extinta durante o mandato do presidente Fernando Collor, à criação de mecanismo para o controle social da mídia e a concessão de canal de TV para as centrais sindicais.
É justamente sobre a questão da criação de um mecanismo para o controle social da mídia que irei, durante esse post, me deter.
É importante lembrar que a criação de um mecanismo para o controle social da mídia está diretamente relacionado a problemática da democratização da comunicação no Brasil. Essa conferência permitirá ou tentará abri novos caminhos para que ocorra um avanço na democracia, no que diz respeito aos meios de comunicação de massa.
O Brasil é um país que possui ainda uma diversidade interna e externa bastante reduzida. Ou seja, os diversos órgãos de imprensa não permitem o confronto de informações divergentes e coberturas balanceadas em que todos os lado em disputa sejam contemplados. A existência de fato de uma diversidade de informações nos meios de comunicação de massa são limitados. Aliados a existência de monopólios familiares isso contribui muito para a manipulação de informação dada às massas.
A criação de um mecanismo para o controle social da mídia, questão que irá ser discutida na Conferência Nacional, é de suma importância para a ampliação da democratização da comunicação, pois poderá contribuir para nos deixar mais próximos da idéia de um pluralismo regulado em que as funções mais básicas da imprensa em uma democracia, como vigiar e fiscalizar o poder, promover o debate pluralista e mobilizar civicamente o cidadão sejam, de fato, efetivas entre nós.
A questão de democratização nos meios de comunicação, sofreu avanços se comparamos com a década 70 e 80, mas ainda não são suficientes para o exercício de uma democracia plena. A internet deve ser ressaltado, porque proporcionou aos usuários uma gama de opções nos mais diversos assuntos do país, mas, infelizmente não é todos que pode acessá-la. Por isso se faz necessário a existência de um jornalismo de informação consolidado.
Sabemos que ser completamente imparcial nas informações, a serem deferidas para a população, é uma tarefa difícil de ser completada, mas não rara de ser encontrada, devido à ampliação da diversidade interna e profissionalização dos jornalistas e a presença de meios de crítica da mídia bastante ativa, como o Observatório da Imprensa.
Fonte: Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Por Thaíssa
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