Por Rafaella Girão
Em meados dos anos 90,quando se falava em comunicação comunitária,logo vinha à cabeça os jornais de bairro, as rádios e os folhetins informativos. Hoje ,com o advento da internet e um aumento significativo de pessoas com acesso as plataformas digitais, os meios de comunicação utilizados pelas comunidades vão além da TV. Uma pesquisa feita pelo IBOPE em 2014 ,por encomenda do governo,aponta que a internet é o segundo meio de comunicação mais usado,ou seja,o “comunicar local” ou a “voz do povo” pode surgir de uma página no Facebook.
Em meados dos anos 90,quando se falava em comunicação comunitária,logo vinha à cabeça os jornais de bairro, as rádios e os folhetins informativos. Hoje ,com o advento da internet e um aumento significativo de pessoas com acesso as plataformas digitais, os meios de comunicação utilizados pelas comunidades vão além da TV. Uma pesquisa feita pelo IBOPE em 2014 ,por encomenda do governo,aponta que a internet é o segundo meio de comunicação mais usado,ou seja,o “comunicar local” ou a “voz do povo” pode surgir de uma página no Facebook.
E isso é o que vem
acontecendo no Bairro Serrinha, a página do Facebook “Bairro Serrinha” vem
conquistando os moradores do bairro. Ela surgiu através de uma iniciativa
pessoal e hoje, apresenta em suas postagens resultados do cunho econômico, cultural
e ideológico da comunidade Serrinha.
Elvis Mesquita,30,
publicitário e designer em entrevista compartilharam como o Projeto “Bairro
Serrinha surgiu, os critérios utilizados nas postagens e o como a população do
bairro se beneficia da página.
Foi através da disciplina de
comunicação comunitária na faculdade, que a página surgiu. Elvis e um grupo de
colegas iniciaram um trabalho acadêmico no ano de 2012, que consistia em
desenvolver uma forma de comunicação para o seu bairro. No início, foi criado
um site e uma página no Face book,como o intuito era só para a obtenção de
nota,e a professora que avaliou a equipe,disse que eles haviam exagerado na
produção dos meios de comunicação. Elvis discordou da professora e outros os
estudantes não deram muita vazão a página. Seis meses depois,ele faz uma busca
rápida e se surpreende com a quantidade de seguidores,eram 300 seguidores disse
ele.
E foi a partir desse
interesse que os moradores do bairro tiveram pela página, que o publicitário,
através de um trabalho voluntário, decidiu continuar criando conteúdo
informativo para a comunidade da Serrinha. “Não é uma tarefa fácil ter que
associar minha vida pessoal ao voluntariado, muitos acontecimentos do bairro
podem passar despercebidos, mas geralmente dou sempre um jeito de ir lá cobrir
da melhor forma possível.”
As postagens se dividem em três categorias,
históricas, atualidades e notícias de última hora. Acontecimentos como: “Vai
faltar água amanhã tal hora,” Vacinação na principal praça do bairro, tudo isso
é noticiado” diz Elvis. Outro ponto importante é a linguagem como o texto das
postagens é construído, respondendo as seguintes perguntas: o que, como, quem, quando?
para que a informação não deixe dúvidas. A página também se pauta no
agendamento cultural do bairro, eventos juninos, intervenções artísticas, cursos
promovidos pela associação do Bairro Serrinha, programas sociais, dentre
outros. Quando indagado sobre suas principais fontes, Elvis diz não dar
credibilidade para fofocas, e burburinhos, e usa informações de jornais locais.
“Com “relação ao famoso
“achados e perdidos”, não é muito comum,” às vezes alguém perde um cachorro, aí
a gente faz uma postagem”. Mas, houve um caso muito interessante, um ex-morador
estava residindo em São Paulo e não tinha nenhum contato com a família, que ainda
morava no bairro Serrinha. Então, foi feito uma postagem contando a história
dele e a página possibilitou esse reencontro, isso foi muito gratificante e é
por acontecimentos como esses, que o administrador da página Bairro Serrinha
continua com seu trabalho voluntariado.
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